sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Duplicidade



Quem disse que não posso brincar com você?
Quem te convenceu de que não posso ser tempestade de loucura e prazer?
Não se garanta, querido!
Não conte vantagem.
Não me exponha para seus amigos.
Não conte meus truques.
Não desperdice meus amor.
Sou mulher de bater a porta e não olhar pra trás.
Sou daquelas que choram por um dia e nada mais.
Sou furacão e brisa.
Sou tapa e carícia.
Posso delicadamente deixar você partir.
Portanto querido, da próxima vez que você deixar os meus lençóis e bater a porta...
Garanta-se!
Pois vou trocar a fechadura, mudar a postura, erguer a deusa que há em mim voltando a sorrir.
E você? Bem, talvez deixe você fazer parte da plateia, mas apenas... Talvez.

Aline Tavares
[Direitos Reservados]

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