Paixão... Como definir?
Movimento violento, impetuoso, do ser para o que ele deseja. Atração muito viva que se sente por alguma coisa. Arrebatamento, cólera, afeição muito forte. Algo que queima, que aquece, que dói, que sufoca, que preenche tudo... Tempo, espaço, corpo, alma e coração. A paixão é passageira, mas é como uma tempestade... Arranca tudo, muda tudo de lugar e contexto e quando se vai destrói até o que ainda não havia sido construído. Ela mexe com nossos sentidos, enxergamos mais, ao ponto de vermos até o que não existe. Cheiramos mais, sentimos cheiro até no que é impossível, como o cheiro do perfume do outro em nosso pensamento, no vento que nos toca, em lençóis que ele nem deitou. Tudo fruto da imaginação, tudo armadilha da paixão. Ouvimos aquela música preferida milhões e milhões de vezes repetidamente sem nos enjoar, é porque nossa audição fica mais tolerante.A paixão chega do nada e em fração de segundos nos arrebata a razão. Fazemos loucuras, não medimos esforços, distância ou conseqüências, apenas nos jogamos de coração aberto para viver um “grande amor”. Primeiro sentimos uma ansiedade, um calor no peito que logo se espalha em calafrios que procuramos disfarçar. Um leve suor nas mãos. No primeiro encontro, os lábios ressecam um pouco antes do primeiro beijo, as palavras tremem embaraçadas em pensamentos confusos. Joelhos que mal sustentam o peso do corpo. Esquecemos do mundo lá fora em eternas horas de silenciosa saudade ao telefone, perfumadas com aquela inquietude própria dos amantes. Mas, agora vamos para a real definição de paixão...A paixão (do verbo latino, patior, que significa sofrer ou suportar uma situação difícil) é uma emoção de ampliação quase patológica. O acometido de paixão perde sua individualidade em função do fascínio que o outro exerce sobre ele. É tipicamente um sentimento doloroso e patológico, porque, via de regra, o indivíduo perde parcialmente a sua individualidade, a sua identidade e o seu poder de raciocínio. Nada diferente do que eu já havia dito! Existe um limite de tempo para homens e mulheres sentirem os arroubos da paixão. Segundo a professora Cindy Hazan, da Universidade Cornell de Nova Iorque: "seres humanos são biologicamente programados para se sentirem apaixonados durante 18 a 30 meses". Então vamos aproveitá-la ao máximo e... QUE SEJA ETERNA ENQUANTO DURE!
Aline Tavares.
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